No dia 04
de maio tivemos o prazer de ministrar a oficina Ferramentas Para Contar Histórias – módulo Brincadeiras, junto ao artista Antônio Meira,
maravilhoso bailarino, além de ator e arte-educador . As oficinas acontecem no
primeiro sábado de cada mês, no delicioso espaço do Instituto Brincante. São
ministradas pela Carla Passos, da Cia. Carne de Língua; pelo Antônio Meira, do
Instituto Brincante e convidados. Este mês, Daura Camargo, também da Cia. Carne
de Língua, foi a convidada.
Ministrar
uma oficina é um momento de reflexão tanto sobre nossa própria prática,
mapeando para nós mesmas como temos transitado neste universo artístico da
contação de histórias quanto pensar quais caminhos escolher para atingir o
objetivo de compartilhar com outros o que temos estudado até aqui. É um
desafio! Pois fazer arte não é o mesmo que falar sobre ela ou construir
conhecimentos coletivamente num tempo determinado.
Diante da
proposta deste módulo: brincadeiras, optamos por começar brincando muito. Quem
conta histórias sabe que é muito comum nos depararmos com o público infantil
(aproveitamos o ensejo para lembrar que compartilhamos a concepção dos que
pensam que as histórias são para todos e todas, não tem idade certa. Temos nos
esforçado pra abrir espaços para que os adultos também tenham oportunidades de
se deliciar neste universo). Sendo assim, é bom pensar, mesmo enquanto
exercício, como anda nosso repertório de brincadeiras, qual o nosso olhar para
o lúdico e o quanto isso contribui quando estou diante de um público infantil –
e quando estou com o público adulto, como contribui?
Num
segundo momento, buscamos nos conectar com nossas sensações internas diante das
situações que as brincadeiras nos colocam. O que acontece por dentro quando
estou em vantagem num jogo? E quando perco? E quando tenho vontade de
trapacear? E quando levo um susto? E quando tenho que me salvar? Todo esse
turbilhão de emoções tornam a brincadeira viva e tornam viva a vida das
crianças! É ali que se encontram as sensações de prazer, assim como os
conflitos, as negociações, aprendizados, recomeços e etc.
Trazer
essas sensações em seu interior no momento de contar uma história, traz vida
para as palavras do contador e verdade para suas histórias. E foi pensando
nisso que buscamos realizar um exercício de resgatar um causo de infância e
contá-lo aos colegas, tentando trazer à tona essas sensações.
Agradecemos
a todos os participantes pelo envolvimento e disposição, os resultados foram
emocionantes!
Agradecimento
especial ao fotógrafo Ari Teperman, pelos belos registros dos
trabalhos.
Deixe suas sugestões sobre temas que considera importante no estudo da contação de histórias.